segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Meio Amargo

Levo essa minha maré de má sorte
enquanto é possivel seguir em frente
seguirei, com o tempo que me resta
guiando-me por migalhas de chocolate.

Ainda sem saber meu destino
como maria e joão,
a trilha vou seguindo
mas é doce ao invés de pão.

Após ter seguido um longo caminho
ao olhar para o chão
não vejo mais o doce chocolate
a minha frente só há, a amarga solidão.


Fernanda Ribeiro Feola

domingo, 30 de janeiro de 2011

Delonga

Esperei que o dia raiasse
que o sol brilhasse
e que o mar enfim repousasse.

Esperei semanas
dias e
horas.

Esperei que ele chegasse
que me desejasse
que então algo mais surgisse.

Esperei palavras
beijos e
abraços.

Pois a espera iludiu-me
e hoje estou somente
a espera de esperar.


Rafaella Ribeiro Feola

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Saudades

Falo de um tal sentimento
que nem sempre sei
se é possível dizer de verdadeiro
se realmente é existente.

Algo que sentimos
quando simplesmente
sentimos falta, seja
da companhia, das manias, das conversas, dos carinhos, dos defeitos, das implicâncias,
ou mesmo de tudo isso e muito mais.

Eu sinto saudades
de pessoas que estão
temporariamente distantes
e de pessoas que nunca mais irei ter
fora de minhas lembranças.

Sinto também
saudades da minha infância
tão ingênua e sem grandes preocupações
De velhas amizades, velhos amores, velhas coisas.

Só levo minhas saudades
as minhas boas recordações
de momentos inesquecíveis
que na minha caixa de saudades
sempre estarão bem guardadas.

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Despedida

Tchau!
Foi o que eu disse ao menino do metrô.
Sair, andar, cansar e enfim voltar pra casa, na verdade sua suposta casa. Em todo esse percurso as novidades são raras. Dessa vez foi um menino, engraçado.
Após arrumar-se, sair e cansar, na hora de voltar já estamos feito trapo. E infelizmente é isso que dá graça.
Eu reclamando de cansaço, e o Renato rindo, quando de repente percebo uma risada desconhecida na conversa, era dele.
Ele estava prestando atenção na conversa havia tempo, e eu não havia percebido. O que pude fazer? Nada! Apenas ri junto.
Passaram-se alguns minutos de olhares e ouvidos atentos, na estação Brigadeiro ele desce, olha em meu olhos com um tom de despedida. Sabendo nunca mais iriamos nos ver e eu lhe disse: Tchau!

Rafaella Ribeiro Feola