sábado, 31 de dezembro de 2011

Satisfação

A felicidade não está ao lado.
Não está em cima, nem em baixo.
A felicidade não está fora.
Sim, a felicidade está dentro.

Dentro do peito.
Por meio aos restos da saudade.
Dentro de um sorriso feito.
Pela alma e um braço quente.

Saber ao certo, onde fica a felicidade é incerto.
Requer conhecimentos da crença e da realidade de cada um de nós.

Eu, por minha vez.
Vou procurar a felicidade em cada canto.
Em cada gesto, em cada oportunidade
Que me parecer boa, e segura o suficiente.
Tentarei me aventurar ao máximo, mas sem perder o equilíbrio.
Sem perder a calma.
Tentarei vencer alguns medos, tentarei ficar em paz.

Tudo, para alcançar
Ou chegar perto, da tal felicidade.
Que eu desejo.

Fernanda Ribeiro Feola

sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

De Contusões

Falar do que me agrada em você, não é um jeito bom de me redimir.
Afinal, eu perdi tudo, perdi você, perdi o voo e meu amor.
Não se sabe ao certo porque, mas uma tal de imaginação foi a culpada.
Porém não sozinha, junta a um tal de medo, uma falta de espontaneidade e um excesso de loucura.
Dizem por ai, que a menina mal sabe o que quer.
Uma hora está crente, outra totalmente descrente do que pensará.
Mais alguns detalhes, a menina, já um tanto fria, um tanto distante, consegue fingir não se importar.
Mesmo nem sempre sendo o desejado.
Então a menina sofre, a menina chorra, mas não ousa enfrentar o caos, o tal do medo e a descrença.
Ela prefere ficar em casa, reclamando para as moscas de como é bom estar só.

Fernanda Ribeiro Feola

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Transubstanciar

Eu, me fazendo de quente.
Rangindo os dentes.
Piscando os olhos.
Fazendo charme.

Na brincadeira da caça e do caçador,
Você se mantendo neutra
E eu digo: assista o meu compor.

Lhe cobro atenção
Você me cobre de carinho.
Me faço de manha
Você apenas me acalme e me enche a alma.

Fernanada Ribeiro Feola

Aquele

E esse alguém que acabou de chegar?
Vem se apresentando, dando bom dia.
Mais um pouco atravessa a porta.
E se instala em meu quarto.

A ponta de um outro alguém.
Que não me dá bom dia.
Mas que aos poucos, vem me completando.
Esse que não ousa passar da entrada.
Por lá, ele fica.
Talvez dando mais alguns passos para trás.
Eu lhe cobro pernas, braços e pele.

Enquanto meu bem presente, prudente.
Passa a viver comigo.
Me cobrando pescoço, boca e pensamentos.

Fernanada Ribeiro Feola

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Abrogar

Como seria entrar em transe?
Esquecer do que é triste.
E do que julgamos belo e maravilhoso.
Se bem que ambos estágios já não são de se encontrar.

Mas eu posso dançar até o fim da viagem
Até o ponto de cair.
Sem desejar, o desejado.
Ou a musica que eu sempre quis tocar.

Fernanda Ribeiro Feola

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Longe do meu lado

É possivel saber se você está ai?
Não, não é possivel.
Será possivel saber se domiu bem, se teve um sonho bom?
Não, não é possivel.

Aqui, só é possivel saber da sua ausente.
Que me causa calafrios.

Apareça-me apenas quando estiver com vontade.
Mas tenha vontade!
Venha, me acalme.
Conte mais um pouco sobre seu coração.

Suma mais uma vez.
Só para não me deixar duvidas.
Mas volte.
E apenas, tropece em mim.

Fernanda Ribeiro Feola

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Espúrio

Roberto, que já foi mais respeitado,
mais aplaudido,
e mais querido, repousa.
Após tamanho desastre.

Roberto, que já foi menino.
Que encantou mulheres,
e já tocou em outros bares, repousa.
Após tamanho desastre.

Roberto, que desfrutou,
e deixou ser desfrutado.
Repousa, após tamanho desastre.

Roberto, que contou-lhe,
suas e nossas histórias.
Sem tomar consciência alguma do perigo, repousa.
Após grande festa.

Fernanda Ribeiro Feola

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Incréu

Angustia,
cláusula,
receio.
Hoje, fazem parte de mim .

Aqui, onde só nasce culpa,
tristeza,
e desejo de padecer.

Fernanda Ribeiro Feola

sábado, 3 de dezembro de 2011

Casamento de Viuva

Hoje o calor está intenso
o sol brilha forte lá fora
podemos sair e cantar
que não ira chover!

Mas e se chover,
que mal há,
sempre é bom se refrescar.
E alias, não somos nos que adoramos a chuva e o sol?

Com esses dois elementos naturais,
podemos fazer o nosso sonho
repousando com a noite, renascendo com o amanhecer.
Crescendo juntos no viver.

Fernanda Ribeiro Feola

Obs: Este foi feito pelo mês de junho ou julho (algo assim).

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Flavescer

Boa parte de mim...
Vai embora.
Boa parte de mim...
Lhe manda embora.

Boa parte de mim...
Implora por um amor,
a outra, boa parte de mim,
chora, grita pelo descanso.

Já não sabendo mais,
onde está o descanso.

Boa parte de mim...
só quer calma, desapego e felicidade.
Boa parte de mim...
quer um bom par, um abraço quente e um cafuné.

Talvez,
eu não saiba realmente o que é precisar de alguém.
E boa parte de mim...
Deve estar enlouquecendo.

Fernanda Ribeiro Feola