sábado, 17 de novembro de 2012

Inquietação

Nó na garganta
Compromissos
Esquecimento
Tempo parado
Sentimentos contraídos

Suspiro
Tempo correndo
Aperto no peito
Nó solto
Pensamentos

Respiro
Sem lágrimas 
Sem tempo
Silêncio
Volta só semana que vem:

Desassossego. 

PiegaF

terça-feira, 13 de novembro de 2012

Abrandar

Lembrem-me, sempre, de dizer "eu te amo"
Pra quem eu amo.

Lembrem-me, sempre, de abraçar forte
Quem eu tenho vontade de abraçar.

Lembrem-me, sempre, de ter calma e perseverança
Pra não deixar coisas bobas de mim, afetarem os próximos.

Lembrem-me, sempre, de ser fiel
E estar ao lado de quem precisa de mim.

Lembrem-me, sempre, de ser forte e agradável
Para além de ser boa ao alheio, me fazer bem.

Lembrem-me dessas e outras
Dos erros e dos acertos
Para que eu, com sutileza, saiba sempre, não perder nada, nem ninguém
E todo dia, tentar ser alguém melhor.

PiegaF

quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Con(sintam)

Me deixem viajar
Me deixem deitar na grama e não pensar em nada
Me deixem deitar na cama e pensar em tudo
Me deixem olhar as nuvens, as estrelas
Me deixem dormir fora de casa
Me deixem sair de casa
Me deixem tomar ar
Me deixem ver a poluição, o congestionamento
Me deixem dançar sem música
Me deixem cantar o que eu quiser
Me deixem sorrir pr'um vagabundo
Me deixem atravessar a rua fora da faixa
Me deixem chorar no meio fio
Me deixem sentir o que preciso
Me deixem cuidar de mim
Me deixem ler, escrever, viver, amar e não amar.

Coisas e pessoas
Me deixem.

PiegaF

terça-feira, 30 de outubro de 2012

Nós

Que o teu sorriso vire rotina junto ao meu
Que os seus sapatos façam par com os meus
Que suas tristezas virem do avesso e sejam a minha alegria
Que sua malandragem vire rotina, na nossa cama
Que os seus retratos, deem espaço aos meus, aos nossos
Que a minha cozinha vire um restaurante nas suas mãos
Que nossos beijos sejam eternizados
Que seu cangote sempre precise da minha respiração
Que na sua paisagem, tenha lugar para os meus olhos
Que nos seus desenhos, tenha lugar para o nosso amor
Que os nossos abraços sejam longos e desejados depois de um dia ruim
Que a correria seja boa, mesmo que maltrate, cure
Que nos seus cabelos sempre haja lugar para os meus dedos
Que nos meus versos sempre tenha espaço para você
Que faça dos meus desassossegos, calmaria, em seu pranto
Que nunca deixe de me convidar à um passeio ao parque
Que sejamos fortes, não fraquejemos as recaídas
Que uma ida ao mercado, seja doce
Que a sobremesa de todo domingo, façamos juntas
Que as viagens sejam longas e prazerosas
Que as noites, as manhas e as tardes, de puro sol e chuva, sejam ternas, ao seu lado.

Depois, que não encontrem mais você, nem eu.
Que encontrem nós.

PiegaF

sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Patentear

Seu amor dorme
Seu cobertor descansa
Seu suor rejeita
Seu paladar prova
Seu cochichar sujeita
Seu caminhar refuta
Seu sonhar, boceja.

Seja, não deixa
Denuncia!
Os bracos de quem te esqueceu.

PiegaF

sexta-feira, 7 de setembro de 2012

Silêncio

Eu queria conquistar
o mundo,
o mudo,
o medo.

Eu queria não ser conquistada
pelo medo,
pelo mudo
e pelo mundo.

Eu queria já não querer mais nada
no mudo
no mundo
no medo.

PiegaF

O cheiro da rosa que eu não vi

O suave aroma
O toque não concebido
O buquê da promessa
O telefonema não registrado
A espera do floricultor.

PiegaF

quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Promessa Verbal

Assopro, não, vela, santa, mulher.
Trabalho, arte, samba, correio.
Papel, árvore, pássaro, pessoa.
Sim, carta, chama, fogo.
Luz, dama, sofá, comida.
Flor, pés, lista, roteiro.
Água, meias, caneca, tabuleiro.
Beijo, toque, assovio.
Cama, doce, lençol, aroma.
Troca, palavras, vento, tempestade.
Rumo, dia, noite, vida.
Resumo, coração.

PiegaF

segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Detido

O riso contido
A palavra contida
A força contida
O sentimento contido
A interpretação contida
A solidão contida
E o choro
Que a menina não consegue mais conter.

PiegaF

12 de agosto

Nem herói
Nem compreensível
Nem companheiro
Mas pai e apenas pai.

Nem desumano
Nem terrorista
Nem santo
Mas pai e apenas pai.

Frio, bruto
De coração fraco
Protetor
E pai, apenas pai.

PiegaF

sexta-feira, 3 de agosto de 2012

Estorvo

O cão e o latido certeiro
O gato e o miado certeiro
O rato e o incomodo certeiro

A moça e a beleza certeira
O rapaz e o charme certeiro
Eu e o incomodo certeiro

A bailaria e a delicadeza certeira
O pedreiro e a cantada certeira
O esgoto e o incomodo certeiro

Eu, o esgoto, o rato
Incômodos certeiros
Você, esse verso, meu futuro
Desgraças certeiras

E nesse embrenhado de derrotas
A vitória se faz alheia
E me esnoba

Você, esse verso, meu futuro
Desgraças certeiras
Eu, o esgoto, o rato
Incômodos certeiros

PiegaF

quinta-feira, 26 de julho de 2012

Contínuo

O amor é infindável
E se infindável é
Infindável será meu tormento
Já condenou Carlos


E condenou-me também
Com o seu amor
E de tanto desamor
Me diz amor, o que eu faço?


Religo-me
Atrás de mais um amor?
Crente que logo estará
Infindável de desamor?

Antes, o amor
Que tanto cresce
Que tanto morre
E em mim sabe renascer


Depois, me ver e viver
Com inalcançáveis 
Incalculáveis
E infindáveis


Amores e (d)esam(ores).


PiegaF

sexta-feira, 20 de julho de 2012

Incúria

Todo descuido
Passagem
Todo dilúvio
Crueldade
Toda tentativa


Então vai
Destrói
Inunda
Corrói 
Naufraga

E perde-se
Com todo o tesouro
Que poderia haver ali.

PiegaF

domingo, 8 de julho de 2012

Imediato

As reações do cão, nada naturais, já avisavam ou tentavam avisar. Todo ser humano estranha, espia da janela, o socorro que vem rápido, barulhento e codificado. O riso ao primeiro "alô" do telefone caçoa,  engana o desatento que cochilava. A tentativa de fuga é vã. No primeiro sopro o alvo cai em puro súbito. Tentam reanima-lo, quinze minutos de massagens, mas a parada cardíaca foi fatal, sem mais possibilidades. Todos já possuem as informações necessárias e se reúnem em volta de uma grande caixa, onde se faz lastimável os seus pesares.  Pois agora, no subsolo, há apenas pálpebras rochas, uma face pálida e um corpo frio. Enquanto na superfície, sobrou o espanto e o choro, de quem não pode dormir eternamente.

Piegaf

segunda-feira, 2 de julho de 2012

Quase um soneto

O controle remoto na mão
O tédio estampado na cara
O choro contigo no coração
O arrependimento seguro na sala.

O violão esquecido no carro
O gatilho puxado no ar
O teatro fajuto deitado no sofá
O feitiço espalhado na rua.

O fim da rima jogada na cadeira
O cochichar debruçado na varanda
O drama passeando na praça.

O infeliz, tropeçando...
Nesses versos
Inseguros no navio.

PiegaF

Fel

 Fel, o que seria o Fel? O que era o Fel? O que deveria ser, o Fel? A Moça, calada, serena, recatada,  não sabia. Suspeitava, mas temia. Preferia a duvida à decepção das grandes expectativas que alimentava. A Menina, singela, sincera, instigada, desejava  sem suavidade saber o que era o Fel. Sem medo, sem preocupação, perguntava. A Mulher, por sua vez, segura, secreta, entendida. Sabia bem o que significava o tal Fel, mas preferia não se manifestar. Pois já sentia o Fel que transcorria suas veias até o coração.
 A Moça, mais tarde, entendeu o significado de Fel. Depois de tanto ser debochada, tornou-se atormentada pelo mais rígido Fel e admirou a Menina, por conhecer o gosto do Fel e não tomar o mesmo destino da triste Mulher composta pelo mais rígido líquido Fel.

PiegaF

Luxúria

O ato felino
Felicito, feroz
Da felação, suja.

PiegaF

sexta-feira, 22 de junho de 2012

Ser Estar

Poesia eu, poesia tu
Não
Poesia não ser eu
Eu não ser nada
Nada está em mim
Poesia não eu
Palavras, quem sabe, eu sim
Eu sim, sei ser o que não há em mim
Sei fingir como todo mundo
Ser poeta, ser sofrida
Ser fantasma, brincar de monstro com minha alegria
E afoga-las.
Sim, eu sei ser poesia
Me fingir de encanto
Cantar um canto, num canto, um tanto
E fingir-me de pássaro?
Não, não sei fingir-me de pássaro
Só se o pássaro a quem fingir, estiver preso na gaiola
Mas ai, coitada de mim
Eu que não sei ser voador
Fazer voar a dor
Vou querer amor
Vou querer sabor
Vou querer ser livre
Mas agora, poesia eu
Ou poesia não eu
Quem vai me dizer são vocês:
Voo ou não voo?

PiegaF

quinta-feira, 21 de junho de 2012

Inocência

Desculpe-me pela poesia trincada
Pelo solo seco
Pelo choro infindável
Pelo ar poluído
Pela distancia transcorrida
Atrás do nada
Que era lhe ter.

PiegaF

quarta-feira, 13 de junho de 2012

domingo, 10 de junho de 2012

Poema do Conto Falso

Bom dia!
Meu nome é Maria
Maria que chora
Maria que [en]canta
Mentira!

Não sou Maria.

Sou Zé Ninguém
Nascido de noite
Depois da meia noite.

Conforme os astros,
Prático a frieza
Não canto, não encanto
Não durmo, nem descanso.

Mas Zé Ninguém ainda mente
Tem um amor, uma outra mulher
És dono de uma felicidade ingenua e bela.

Porém ainda gosta
de dizer que é triste
Beijar rapazes
E viver no caos.

Piegaf

Chamo

Em meu pranto
Sereno
Dengoso
Chorão, repousa.

Vem, que em meu pranto
Há amor
Não lhe faltará nada
Defina nada, como eu.

Eu, meu pranto
Sincero
Eufórico
Triste
Cheio de nada.

Eu, em meu pranto
Solene
Sozinho
A espera de ti.

Sol alto

A vida abre ao meio dia
O posto abre ao meio dia
A feira abre ao meio dia
O mercado abre ao meio dia.

A janela abre ao meio dia
A favela abre ao meio dia
O bar abre a meia noite.

E enquanto o almoço não sei
Eu rio do meu amor
Ao meio dia.

Piegaf

Sofia

Tolos, todos tolos
Tolos e odiados!
Gargalhadas se sucederam
E a mulher que já dormia
Ria, ria alto, forte
Ria da sua própria desgraça
E sofria
Sofria calada, ou melhor
Sofria risonha
Sofria iludida
Sofia mentida!
E ria e sofria, Sofia
Mentia, fingia
Morria
E dizia: so[u]fria
Então, tola e odiada Sofia.

Piegaf

domingo, 13 de maio de 2012

13 de maio

Desde o meu inicio, foi você
É você!
Conforme o espirito santo,
Lhe escolhi para ser minha.
E você é minha
Meu tudo
Minha vida
Minha corrida
Minha chegada
Minha partida
Meu porto seguro
Meu braço quente
Meu repouso
Meu apelo pelo fim do dia
Meu motivo para continuar em frente
Em meio a tanto devaneio
Escuridão e tristeza
É a minha felicidade
Meu sol
Meus motivos, bons motivos
A ti, mãe, devo tudo.
Pois és tudo, e reconheço seus sofrimentos
Suas tristezas, suas angustias
Como também sei de sua euforia
E me agrada ver seus sorrisos
Suas brincadeiras bobas
Que me fazem feliz.
E eu prometo, de todo meu coração
Fazer de tudo para não lhe desapontar
Tens meu amor e minha fé.
Mãe, eu te amo
De toda e qualquer forma.

Piegaf

terça-feira, 1 de maio de 2012

Apelo

Coração, se sabes que és nada em meio mundo
És nada em meio a todo mundo
Coração, por que insistes em amar?
Amar corações que não te querem?
Que não te pertencem?
Coração, sabes bem o que passamos em suas mãos
Perante esses, proíbo-te de sentir!
Sim, proíbo-te! Não amaras nem coração que propor lhe cuidado!
Sem mais, por favor!
Cuidar cuido eu de você
Veja, como será bom
Sem dor, sem sofrimento, sem choro
Só tranquilidade.

Coração, não cometes esse erro!
Não ouves meu apelo!
Vai coração, ama, enche-me a alma
Corre
Voa
Cai
Chorra
Se desfaz
Se joga do milésimo andar
Mas ama coração, apenas ama
Sabemos bem nos reerguer de todo desamor alheio
Porém, nunca me perdoaria se virastes pedra
Frio ou desumano
Pois então ama coração
Vive e ama quem puder e quiser
Se esse não se fazer recíproco, paciência
No entanto, se lhe oferecerem amor recíproco
Aproveita
E nos encontramos na euforia.

Piegaf

sábado, 28 de abril de 2012

Sinuoso

És tu
Onde corpos padecem
Almas fenecem
Onde meu queixar, sossega
Extraviam-se autos
És tu, rodovia.

PiegaF.

sexta-feira, 27 de abril de 2012

Caótica

Armadilhas pesadas.
Combates armados.
Guerras traçadas.
Contra o meu coração.

PeigaF

domingo, 8 de abril de 2012

Incenso

A fumaça que percorre meu quarto
Promete-me felicidade
Apenas felicidade
Porém não estimula data, nem duração.

A fumaça que percorre meu quarto
Causa incêndio
Incendiando a minha vida
Incendiando o meu caos.

A fumaça que percorre meu quarto
Não deveria
Não deveria me fazer crer
Pois é apenas um encenso prometendo felicidade.

A fumaça que percorre meu quarto
Já se apagou umas cinco vezes
As tais cinco, que eu fiz questão de reacender.
Mas...

A fumaça que percorre meu quarto
Só me trará algo se eu crer
Mas eu não devo me fazer crer
Pois é apenas um incenso acendendo as minhas palavras.

Fernanda Ribeiro Feola

segunda-feira, 19 de março de 2012

Precedente

Outono, doce outono
Das folhas secas no jardim.
Mostra pra mim um motivo para acordar,
Sorrir e cantar

Outono, doce outono
Do sereno e singelo frio de abril
Traz para mim, o meu bem
Meu bem quente e amável

Outono, doce outono
Do celeste céu acinzentado
Tira de mim toda angustia que me resta
E me deixa viver sem medo do sol

Outono, doce outono
No suave canto dos pássaros
Realiza-me os desejos do presente
Que eu te ganho antes do inverno chegar.

Fernanda Ribeiro Feola

sábado, 17 de março de 2012

Poço

Vou caindo nesse poço de sentimentos
Onde me faço e me desfaço
Mas já não é mais meu
É de devaneios varridos
Empurrados de lá...para cá.

É do voo incerto do beija flor
Como ele, beija a flor
A mais bela flor
Porém volta a voar
E a flor já não está mais lá.

Tudo é um orvalho
Uma queda, um para-quedas
O meu poço, sem desejos
O poço do religar, do (des)esperar
Do fim, do retorno, do embrulho.

Fernanda Ribeiro Feola

Falsa Poeta

Não sei sentir
Não sei ver
Não sei consolar
Não sei chorar
Não sei ter fé
Não sei amar
Não sei revelar, relevar
Apenas sei ser essa falsa poeta
Que você também não sabe ler.

Fernanda Ribeiro Feola

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Desamor

Do nada que se restou
Foi a solidão que me acendeu
De um profundo poço, que me habita
Esse não tem ponte ou corda
Vive lá a tanto tempo que se acomodou
Fazendo tudo ser lembrança e angústia
Nessa terra do resigno
Ninguém mais sabe de mim
As rimas vem se fazendo pobre
Como o meu coração
Que grita, implora, por amor
O amor que me abandonou
Em meia estrada
E desapareceu ligeiro
Como quem fugia pela porta da frente
Como quem não era meu.

Fernanda Ribeiro Feola

sábado, 11 de fevereiro de 2012

Relato A(dor)mecer

Perder o sono, criar o sono, dormir sem sono.
Achar o sono, perder o sono, não dormir sem o sono.
Entrar em pura euforia quieta.
Cansar-se de escrever, o pescoço começar a doer.
Pensar em você, voltar a escrever.

Comprimir a cabeça contra o travesseiro, pensar.
Lamentar-se pela falta de tinta na caneta.
Lamentar-se por sujar suas mãos com tinta aquarela.
Lamentar-se pelo fim das linhas neste verso da folha.
Cansar-se de relatar. Dormir.

Fernanda Ribeiro Feola

Não mais

Meu despertador,
que não desperta mais;
Meu sono que resolveu dormir,
e não me descansar mais;
Meu café da manhã,
que resolveu não me servir mais;
Meu carnaval que se escondeu na sua felicidade,
e não me sorri mais;
Meu coração que encontrou outra paixão,
e não me ama mais.

Fernanda Ribeiro Feola

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Se fazer nada

Um sossego perturbador.
Num se fazer nada.
Que comove mares, terras e céus.
Ferindo ninguém mais, ninguém mesmo:
que um eu.
Um eu sem vontade.
Sem choro.
Sem sono.
Sem drama.
Sem consolo.

Fernanda Ribeiro Feola

sábado, 21 de janeiro de 2012

Requerer

Quisera eu,
no mais belo sonho:
encontrar-me,
em outro ser.

Quisera eu,
no mais terrível pesadelo:
encontrar-me,
no mais escuro subsolo.

Quisera eu,
no mais belo sonho:
encontrar-lhe cheio de não
e fazer-lhe de sim.

Quisera eu,
no mais terrível pesadelo:
pensar um pouco
e desse "pouco"
padecer em segundos.

Quisera! Ah! Como quisera eu.
Fora de um belo sonho e de um terrível pesadelo:
Estar certa do que quero.
Do que preciso.
E do que espero.

Fernanda Ribeiro Feola

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Eu que já fui

Que já fui vento.
Já fui chuva
Já fui trovão
Já fui vendaval.
Já fui tempestade inteira,
em copo d' água.

Fernanda Ribeiro Feola