segunda-feira, 19 de março de 2012

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Outono, doce outono
Das folhas secas no jardim.
Mostra pra mim um motivo para acordar,
Sorrir e cantar

Outono, doce outono
Do sereno e singelo frio de abril
Traz para mim, o meu bem
Meu bem quente e amável

Outono, doce outono
Do celeste céu acinzentado
Tira de mim toda angustia que me resta
E me deixa viver sem medo do sol

Outono, doce outono
No suave canto dos pássaros
Realiza-me os desejos do presente
Que eu te ganho antes do inverno chegar.

Fernanda Ribeiro Feola

sábado, 17 de março de 2012

Poço

Vou caindo nesse poço de sentimentos
Onde me faço e me desfaço
Mas já não é mais meu
É de devaneios varridos
Empurrados de lá...para cá.

É do voo incerto do beija flor
Como ele, beija a flor
A mais bela flor
Porém volta a voar
E a flor já não está mais lá.

Tudo é um orvalho
Uma queda, um para-quedas
O meu poço, sem desejos
O poço do religar, do (des)esperar
Do fim, do retorno, do embrulho.

Fernanda Ribeiro Feola

Falsa Poeta

Não sei sentir
Não sei ver
Não sei consolar
Não sei chorar
Não sei ter fé
Não sei amar
Não sei revelar, relevar
Apenas sei ser essa falsa poeta
Que você também não sabe ler.

Fernanda Ribeiro Feola