sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Saber

Sabe...
Se eu não soubesse saber o que eu sei,
Eu não saberia de nada sobre o que sei.

Fernanda Ribeiro Feola

sábado, 18 de dezembro de 2010

Implícito

Denso, forte
quem sabe fugaz.
Pode suspender a morte,
sua beleza é ele quem faz.

Sedutor ou atraente
dizem ser peculiar.
Desperta o desejo ardente,
que talvez não se possa provar.

Claro ou escuro,
há hipótese a se levantar.
Sua resposta está atrás do muro,
somente assim se deixará avistar.

Quem sabe justamente por ser raro,
oblíquo e diagonal.
Fico com o claro,
o claro enigma irracional.


Rafaella Ribeiro Feola

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Carnavais Passados

De repente, me via com sentimentos avulsos não correspondidos. Minha cabeça girando, perdida sem saber o que fazer e para onde ir. Com o coração acelerado querendo saltar pela boca, um embrulho no estômago, ânsias e fortes dores de cabeça. Era assim que eu estava me sentindo,tudo isso em um momento só.
Tudo, apenas por que o vira com a tal outra.
Ali naquele instante percebi que precisava sumir, sair daquele lugar horrível que só me fazia mal de todas as formas. Todas as pessoas ali eram ruins comigo, não me sentia nada bem naquele lugar, nada ali me confortava.
Sem exitar, sai as pressas dali. Voltei apenas pensando no que iria fazer
e então resolvi para onde iria.
Um lugar onde eu sei que somente as pessoas que me fazem bem estariam. Fui sem data de retorno, mas um dia terei que voltar, porém naquele lugar... nunca mais quero estar.

Fernanda Ribeiro Feola

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Futuro do Presente

Hoje já sei o que quero
mas até ontem eu queria tudo
hoje prefiro ficar mudo
meu futuro talvez assim espero.

Rafaella Ribeiro Feola

sábado, 11 de dezembro de 2010

E assim se foi

Era um dia nublado com um pequeno sol no horizonte.
onde tudo de bom poderia acontecer
porém, a vida de todos é uma incógnita
e eu não sabia o que estava por vir.

Conscequentemente, o dia seria normal
bom e estável, como sempre
e assim foi, sem diferenças
eu vivi aquele dia, como vivo todos os outros.

E assim foi e assim vai ser
como também deixo aqui
um poema simples
de meu pequeno dia-a-dia.

São dias simples
e bons, nunca deixo que um dia se quer
passe sem um sorriso
um dia comum, mas bom.

E assim se foi,
e é assim que eu pretendo continuar
sempre seguindo em frente.

Fernanda Ribeiro Feola

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Socorro

Nem tudo que fazemos é correto, todos sabemos.
Porém não sabemos até que ponto isso fere, a nós e aos outros.
Talvez muito, as vezes pouco.
Mas infelizmente não se pode medir a intensidade da dor.
Como fazer o curativo?
Desapontamento!
Não podemos ser enfermeiros, ou querer dar uma de médico, não irá resolver.
São dispensadas todas as desculpas esdrúxulas, sem mais.
Dizer que o arrependimento não adianta nessas circunstâncias é mentira. O arrependimento justamente é o que nos ensina, é como se tropeçássemos em uma pedra, caíssemos e nos levantássemos. Quantas vezes for preciso.
Então que sejamos pacientes, tanto na ordem quanto na dor, que sejamos compreensivos com o ferido e com o causador.
Apenas cuide da cicatrização espontânea e atente-se para não ferir ou ferir-se novamente.
Enfim recuperado, abandone o hospital.

Rafaella Ribeiro Feola

E se? e será?

E se eu escrevesse um poema
o poema mais lindo, para ela
será que ela iria gostar?
Se eu escrevesse o poema mais lindo
para a minha menina linda.

E se eu lhe mandasse uma carta
a carta mais linda de amor
será que ela iria gostar?
Se eu mandasse a carta mais linda
para a minha menina linda.

E se eu compor uma musica
a musica mais linda, para ela
será que ela iria gostar?
Se eu compor a musica mais linda
para a minha menina linda.

E se?...eu deixasse de tanta bobagem
e a penas fosse ao seu encontro
e olhando lhe nos olhos
dissesse que é pra ela
que eu escrevera o poema mais bobo de todo o mundo
só pra tentar dizer que por ela eu faria tudo
e de tudo eu largaria,
apenas porque a amo,
como nunca amei ninguém.
Será que ela iria gostar?

Fernanda Ribeiro Feola

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Passageira


No resplandecer da aurora acorda
ocupada, poupava-se do atraso.
No espaço e no tempo
talvez saia e volte a mesmo hora.

Menina que não namora.
Seu tempo é insuficiente para vaidade
apenas apta para o conformismo
esconde seu relógio evitando a saudade.

Habitualmente com quatro olhos.
Um observa a vida, outro mundo ao seu redor
com um terceiro idealiza o amor
então com o quarto a solidão.

A menina pensa sobre o que existe
em sua triste rotina
e na maioria das vezes nas possibilidades.
É igênua a menina.

Pega o bonde dia após dia
observa o cobrador distante
diante do caixa e da roleta
é como se fosse sua companhia.

Ali, ele!
Cobrou-lhe mais que uma passagem.
Ela, pagou-lhe com a mais inesperada resposta:
"Serei sua eterna passageira".


Rafaella Ribeiro Feola

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Sem belas idéias.

Acho que hoje acordei
sem belas idéias,
não foi como um daqueles dias
de satisfação e bem estar.
Acho que hoje
sem belas idéias,
estou me sentindo só
com remorsos, e mágoas
coisas que não queria mais sentir.
Acho que hoje acordei
sem belas idéias,
e a tristeza e todo aquele mal,
encontravam-se guardados em meu peito.
Acho que hoje acordei
sem belas idéias,
e novamente me via
com um sorriso falso a brilhar no rosto.
Acho que hoje, acordei
sem belas idéias
querendo mentir e inventar.

Fernanda Ribeiro Feola


segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Imbróglio


Uma noite estrelada e sorrisos avulsos
olhares despreocupados.
Encontrada a presa
instinto de caça, coração acelerado.

A Ampulheta do tempo morria
o tempo era veloz e escasso.
A oportunidade singular
nem ao menos um sinal se percebia.

Olhos sem olhares;
braços sem abraços;
um engodo sem detalhes
tornou-se um laço sem nó.

Afeto inesxistente... lamentação
com total intensidade.
O fato era inquestíonável
controlado pela insatisfação.

Calmaria e tormento
faziam parte do meu devaneio
enfim quem me abriu os olhos foi o vento
e o sentimento de impossibilidade me falou alto.

Rafaella Ribeiro Feola

O dia em que eu nunca escrevi um poema

Em tal fantasioso dia,
era um dia onde nada de bom ocorrera
em tal circunstâncias que não sabia me conformar
nada havia de me confortar.
Era tal tristeza imensa, onde não queria aceitar
ali vi que não seria capaz de esquecer
nada fazia com que aquilo sai-se de minha mente
como nunca irei esquecer.
Mas por fim, aceitei
entendi que seria o melhor a fazer
que era apenas um simples precisar de tempo.
E em um dia qualquer, onde coisas ruins realmente haviam acontecido
eu nunca escrevera um poema.

Fernanda Ribeiro Feola