sábado, 17 de março de 2012

Poço

Vou caindo nesse poço de sentimentos
Onde me faço e me desfaço
Mas já não é mais meu
É de devaneios varridos
Empurrados de lá...para cá.

É do voo incerto do beija flor
Como ele, beija a flor
A mais bela flor
Porém volta a voar
E a flor já não está mais lá.

Tudo é um orvalho
Uma queda, um para-quedas
O meu poço, sem desejos
O poço do religar, do (des)esperar
Do fim, do retorno, do embrulho.

Fernanda Ribeiro Feola

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