Colombina resolveu dar as caras
Porém sem Pierrot ou Alerquim
Decidiu vir só
Pois é só e em si que ela encontra todas as perguntas
Pra suas inúmeras respostas inúteis
Pro seu riso frouxo
Pro seu choro feio
Ela sabe que a felicidade não lhe cai bem
Por mais que insista
É da sua natureza
Como a de um leão que reina na floresta
Colombina não é rainha de nada
Mas esse nada, se faz tudo
Em seu mar de ilusões
E são esses versos perdidos
Que a fazem pequena
Inútil e infiel
A seus amantes queridos
Feridos
Por seu cruel antagonismo
Mas é dessa dor
Que Colombina tira forças
Tira e retira forças
Como quem retira água do poço todo santo dia
Para sobreviver
Pois essa menina não sabe mais
Brincar de bem-me-quer
E nunca soube amar.
PiegaF
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