domingo, 8 de julho de 2012

Imediato

As reações do cão, nada naturais, já avisavam ou tentavam avisar. Todo ser humano estranha, espia da janela, o socorro que vem rápido, barulhento e codificado. O riso ao primeiro "alô" do telefone caçoa,  engana o desatento que cochilava. A tentativa de fuga é vã. No primeiro sopro o alvo cai em puro súbito. Tentam reanima-lo, quinze minutos de massagens, mas a parada cardíaca foi fatal, sem mais possibilidades. Todos já possuem as informações necessárias e se reúnem em volta de uma grande caixa, onde se faz lastimável os seus pesares.  Pois agora, no subsolo, há apenas pálpebras rochas, uma face pálida e um corpo frio. Enquanto na superfície, sobrou o espanto e o choro, de quem não pode dormir eternamente.

Piegaf

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